#46 | A fortuna da Família Cid e o Futuro Exterminado
Uma newsletter sobre jornalismo investigativo oferecida pelo projeto CruzaGrafos, da Abraji
Olá!
Eu sou Lucas Maia* e hoje vamos falar sobre os detalhes da apuração jornalística que contou a história da fortuna da família de Mauro Cid nos Estados Unidos. A reportagem “A fortuna americana da Família Cid” foi publicada no portal Metrópoles em 10 de maio deste ano pelo jornalista Arthur Guimarães.
Indo ao ar poucos dias após a prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a reportagem investigou registros em diversas plataformas dos EUA para identificar as propriedades milionárias da família no país.
Também conversamos com Marianna Araujo, Diretora de Comunicação do Instituto Fogo Cruzado. Em 11 de agosto, a iniciativa lançou a plataforma “Futuro Exterminado”, que mapeia os locais da região metropolitana do Rio onde crianças e adolescentes foram baleados nos últimos 7 anos.
Os dados mais recentes mostram que 615 pessoas com menos de 17 anos foram vítimas de armas de fogo no período compreendido pelo projeto, sendo 277 crianças e adolescentes assassinados e 338 sobreviventes.
Na dica do dia, conheça a mais recente atualização do CruzaGrafos e descubra como utilizar a ferramenta para produzir apurações jornalísticas aprofundadas.
Entre os dias 19 e 22 de setembro a Abraji participou da Conferência Global de Jornalismo Investigativo (GIJC, na sigla em inglês). O diretor da Abraji Luiz Fernando Toledo participou como palestrante na mesa “RTI Investigations”; José Roberto de Toledo, ex-presidente e conselheiro da Abraji, participou da mesa "Producing the Investigative Podcast", na qual falou sobre o podcast Foro de Teresina.
A mesa “Using Pinpoint to organize unstructured data” também contou com membros da Abraji. Ela foi apresentada por Alice de Souza, Coordenadora Regional para o Brasil e África Lusófona do CIJ (Centre for Investigative Journalism), Eduardo Goulart, editor no Brasil da Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP) e Reinaldo Chaves, coordenador de projetos da Abraji.
O jornalista canadense Craig Silverman acompanhou o evento e destacou as apresentações que ele considerou as mais relevantes da conferência em sua newsletter “Digital Investigations”, entre elas a mesa sobre o uso do Pinpoint.
Outros brasileiros estiveram presentes na conferência ocorrida em Gotemburgo, na Suécia:
Fernando Rodrigues, diretor de Redação do Poder360, conselheiro e ex-presidente da Abraji, foi moderador do painel "Undercover Investigations".
Elisângela Mendonça, repórter do The Bureau of Investigative Journalism, apresentou o painel "Climate: Investigating Causes".
Fernanda Wenzel, jornalista freelancer, ofereceu o workshop "Environmental Investigations: Forensic Work with Geo Data".
Gustavo Faleiros, do Pulitzer Center, apresentou o painel "Climate: Investigating Causes".
Juliana Dal Piva, colunista do UOL e apresentadora do podcast "A vida secreta de Jair", apresentou os painéis “Investigating Elections” e “Tracking Political Extremism”.
Também estiveram presentes o ex-presidente da Abraji Daniel Bramatti, a diretora da organização Cecília Olliveira, e a assessora jurídica da entidade, Letícia Kleim.
Veja outros materiais, apresentações e dicas do GIJC23 em https://gijc2023.org/resources/
Se esta é a sua primeira vez por aqui, sinta-se em casa! Esta é uma newsletter sobre jornalismo investigativo oferecida pelo projeto CruzaGrafos, ferramenta que ajuda a investigar políticos e empresas, desenvolvida em parceria pela Abraji e o Brasil.IO. O projeto conta com o apoio da Google News Initiative.
O CruzaGrafos está disponível para todos os associados da Abraji. Não associados podem solicitar acesso através deste formulário.
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Boa leitura!
A fortuna da Família Cid
No dia 2 de maio de 2023, um dia antes de Mauro Cid ser preso, o jornalista Arthur Guimarães teve acesso a um depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro à Polícia Federal. O repórter do Metrópoles conta que recebeu o documento de uma fonte e, a princípio, não encontrou nenhuma grande notícia que já não tivesse sido divulgada pela Polícia Federal ou por outros jornalistas.
“Mas tinha lá um trechinho que falava que, depois que o Cid chegou aos Estados Unidos, ele foi visitar familiares na Califórnia. Depois de ler o documento várias vezes, eu pensei: quem são esses familiares que ele foi visitar?”. O questionamento de Arthur Guimarães resultou na reportagem “A fortuna americana da Família Cid”, publicada no Metrópoles. A matéria mostra que um trust em nome da Família Cid tem propriedades avaliadas em cerca de R$12 milhões nos Estados Unidos.
Quando a matéria foi publicada, em 10 de maio, Mauro Cid acabava de ser preso por falsificação dos cartões de vacinação da família Bolsonaro e seguiu encarcerado por 116 dias, até ser solto no dia 9 de setembro, após acordo de delação premiada realizado com a Polícia Federal. Cid segue usando tornozeleira eletrônica.
Além da falsificação dos cartões de vacinação, Cid também foi investigado pela venda ilegal de joias recebidas por comitivas presidenciais, envolvimento na suposta tentativa de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo vazamento de documentos sigilosos para tentar influenciar o processo eleitoral.
O irmão milionário
Na reportagem, Arthur Guimarães conta que, embora Mauro Cid não tenha entrado em detalhes sobre sua viagem durante o depoimento à Polícia Federal, o destino do militar foi uma mansão na cidade de Temecula, na Califórnia, a cerca de 130 km de Los Angeles.
O irmão de Mauro Cid, Daniel Cid, é quem vive no imóvel, avaliado em 1,7 milhão de dólares, o que equivale a cerca de R$ 8,5 milhões, e está registrado em nome de uma empresa familiar, a Cid Family Trust.
Arthur conta que não existia nenhuma ligação entre Mauro e Daniel Cid que estivesse pública na internet, então foi preciso recorrer a ferramentas pagas de cruzamento de dados, como o Check Tudo, para poder identificar quem eram os familiares de Mauro Cid. Foi aí que ele chegou ao nome de Daniel.
“Embora não fosse possível encontrar uma ligação entre os irmãos de forma pública na internet, Daniel Cid é uma figura super pública, com um histórico de trabalho conhecido em empresas de tecnologia nos Estados Unidos. Poder ver a foto dele e perceber que ele é quase idêntico ao irmão também me ajudou e me deixou mais confiante para seguir em frente na apuração”, conta o jornalista.
No entanto, Daniel Cid já não era apenas o irmão de um militar brasileiro que fez fortuna na América do Norte. Daniel já era investigado pela Polícia Federal por ter sido o primeiro a hospedar e postar um inquérito sigiloso do TSE, que depois foi vazado pelo próprio Jair Bolsonaro.
À Investigadora, o jornalista alerta que a proposta do texto não é apontar crimes. “Até agora, não há nenhum crime claramente identificado na aquisição das propriedades citadas. A ideia é jogar luz sobre um patrimônio alto de uma família intimamente ligada ao então presidente Bolsonaro e investigada, até hoje, por irregularidades diversas, muitas envolvendo transações financeiras nos Estados Unidos”, conta.
“O irmão do Cid foi aliciado de alguma forma para fazer isso, ele entrou nesse circuito golpista, então ele entrou no circuito da investigação jornalística também. Ele estava criando um trust, que embora seja uma estrutura tecnicamente legal nos Estados Unidos e muitas pessoas o usem para proteger o patrimônio, também é um meio muito utilizado para lavagem de dinheiro. Por isso, quando eu percebi que ele estava abrindo um trust e jogando todo o patrimônio para um paraíso fiscal, que é Delaware, eu entendi que isso era do interesse público e merecia ser publicado”, conta o repórter.
Investigando documentos nos EUA
Arthur Guimarães explica que, nos Estados Unidos, existem muitos sites com dados que podem ser usados para fazer apurações jornalísticas. “O maior e mais conhecido é o Whitepages e, no caso das propriedades, tem também o PropertyShark, mas esses sites não têm uma grande riqueza de detalhes, nem dá pra confiar plenamente no que está escrito ali. Esses sites vão dando dicas e relações de propriedades ligadas às pessoas, mas ainda é preciso ter acesso aos dados oficiais”, afirma.
Arthur conta que cada condado dos Estados Unidos tem sites próprios com informações oficiais sobre a propriedade de imóveis. Ele explica que, após descobrir a propriedade, é preciso saber a qual condado ela pertence. “É como se fossem portais da transparência dos municípios. Então, se for uma cidade grande, vai ter uma base de dados melhor, se for uma cidadezinha, como foi o caso, os dados ficam um pouco mais restritos”, explica.
Com o endereço obtido nas Whitepages, o jornalista já podia buscar pelos dados do imóvel no que seria equivalente a um cartório digital do condado de Riverside, onde fica localizada a mansão. Ali, teve acesso a informações mais precisas, como o código único, a localização geográfica, imagens aéreas e o valor do imóvel. Mas ainda era preciso um passo para chegar ao proprietário do imóvel, ir ao site do que seria equivalente ao registro de IPTU do condado e fazer uma nova busca a partir do código único do imóvel. Assim, foi possível ter acesso ao nome do dono da residência milionária: o Cid Family Trust.
Mesmo encontrando o nome da família Cid como proprietária do imóvel, Arthur entendeu que ainda não seria o suficiente. “Na propriedade, só estava escrito assim: Cid Family Trust. Ou seja, vai saber que Cid era esse. Não dava pra cravar que era do Daniel”, relata.
“Nesse caso específico, eu refiz uma apuração que a Agência Sportlight, do Lúcio de Castro, havia feito. A grande sorte, pro jornalista, é que, ao criar o trust, Daniel fez a transferência de uma empresa que era da Califórnia e colocou dentro do trust de Delaware e, aí, ele deixou um rastro que nós pudemos verificar em um terceiro site: o de registro de empresas da Califórnia”, conta Arthur, explicando que o estado de Delaware funciona como um paraíso fiscal, onde é mais difícil obter informações sobre empresas e que, embora seja lícito abrir empresas no estado, existem diversos casos de lavagem de dinheiro envolvendo o paraíso fiscal norte-americano.
A reportagem de Arthur Guimarães também mostra outras propriedades em nome do trust da Família Cid: outra casa, avaliada em R$ 2,2 milhões e localizada na mesma cidade, e um terceiro imóvel em Temecula, vendido recentemente pelo equivalente a R$ 3,3 milhões.
A última aquisição imobiliária de Daniel foi de uma propriedade no Doral Isles Martinique, em Miami. De acordo com os registros imobiliários do condado de Miami-Dade, foi adquirida em agosto de 2020 por cerca de R$ 2 milhões e está registrada em seu nome, fora do trust familiar.
Dicas e orientações para quem deseja enveredar no jornalismo investigativo
A Investigadora, como sempre, perguntou ao jornalista Arthur Guimarães que dicas e orientações ele daria para quem deseja enveredar pelo jornalismo investigativo e, em especial, investigando pessoas e empresas fora do país.
“É importante apurar muito, né? Apurar com todas as fontes, em todas as frentes, gastar tempo fazendo as coisas e falar com quem entende. Quem entende de lavagem de dinheiro? Os policiais entendem, mas os criminosos entendem mais. Então, vá atrás de quem já foi delator, quem já foi doleiro, alguém que conhece a fundo como funcionam essas engrenagens. Empresários: procure os advogados dessas pessoas. Tente conversar com eles, peça explicações, peça ajuda, peça dicas de como apurar”, conta.
Ele também diz que não adianta ficar apenas na internet. “Você não vai conseguir acessar todas as informações, então, durante a apuração, também tem que ligar para as pessoas, pedir ajuda, não é simplesmente pegar aquela informação e dizer: ‘Está escrito aqui, é isso’. Não, é preciso ligar para as pessoas.”
Ele orienta a falar com advogados, empresários, funcionários de cartório e pessoas que entendam sobre os documentos que se está investigando para poder entender o que está por trás daquilo, pois muitas vezes a linguagem utilizada não é clara, e o juridiquês pode acabar levando o repórter a erro.
“Você começa fazendo matérias menores no começo e depois vai ganhando musculatura e vai fazendo matérias cada vez mais complexas. É tudo parte da bagagem, né? Então, eu demorei anos para aprender tudo isso que estou falando aqui. E ainda estou em constante aprendizado. Se aprende fazendo, fuçando, pesquisando, participando de seminários e congressos, como o da Abraji, que vão abrindo a sua mente, te ensinando, te colocando em contato com outras pessoas. Esse é realmente o caminho”.
Futuro Exterminado
O Instituto Fogo Cruzado usa tecnologia para criar e divulgar informações colaborativas sobre violência armada no Brasil. A iniciativa coleta informações e produz plataformas e indicadores sobre violência nas regiões metropolitanas do Rio, Recife e Salvador.
A produção mais recente do instituto é o mapa interativo "Futuro Exterminado", onde é possível consultar informações individuais sobre os locais e as circunstâncias em que crianças e adolescentes foram vítimas de arma de fogo na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Marianna Araujo, diretora de Comunicação do Fogo Cruzado, contou à Investigadora que a ideia da plataforma surgiu da necessidade de apresentar o conjunto dos dados para as pessoas poderem dimensionar o problema das crianças e adolescentes vítimas de tiro no Rio de Janeiro.
“Percebemos que a sociedade tem pouca informação sobre a verdadeira tragédia que vivemos no Grande Rio: o alto número de vítimas de violência armada menores de 18 anos. Crianças e adolescentes infelizmente são alvos e muitas vezes os eventos de violência são retratados como casos isolados”, conta.
Marianna conta que os dados mostrados na plataforma são chocantes. A cada quatro dias uma criança ou adolescente é baleado no Grande Rio, sendo que um terço deles são vítimas de balas perdidas e 47% dos casos ocorrem durante ações policiais.
“É um número muito alto! É fundamental que a sociedade pense acerca do que significa um modelo de segurança que privilegia as operações policiais em locais populosos, com grande circulação de meninos e meninas. Essas operações deixam a cidade mais segura? Qual o custo delas? Bom, um dos custos imensos que elas deixaram nos últimos 7 anos a plataforma mostra claramente: 615 adolescentes e crianças baleadas e 277 mortos”, revela.
Para ela, o principal objetivo do projeto é fazer com que a sociedade se mobilize em torno de políticas públicas de segurança baseadas em evidências. “A coisa mais importante é sairmos de um cenário no qual a segurança pública é tratada com negacionismo e velhas soluções, que já se mostraram inócuas, sigam sendo vendidas como novidades. Feito isso, poderemos passar a planejar políticas públicas de segurança com base em dados e evidências. Essas políticas precisam focar na preservação da vida e não apenas no confronto, que é o que vemos hoje”, opina.
Desenvolvimento da ferramenta
A diretora de comunicação conta que o projeto foi desenvolvido em cerca de 90 dias, tendo sido planejado pela equipe de comunicação do Fogo Cruzado com apoio técnico da equipe de dados e pesquisa do instituto. Além disso, um designer e um programador juntaram-se à equipe para viabilizar o projeto, que foi realizado com recursos próprios.
“Nós utilizamos o Mapbox, que é uma ferramenta que disponibiliza a navegação por mapas. É a partir dela que os usuários podem realizar uma tour que apresenta os principais dados. Em seguida, é possível navegar pela região metropolitana do Rio e acessar cada um dos mais de 600 registros de crianças e adolescentes baleados e checar algumas informações sobre aquele evento”, conta Marianna Araujo.
Ela conta que o instituto pretende expandir a plataforma para as demais regiões metropolitanas onde o Fogo Cruzado mapeia dados de violência armada, como Salvador e Recife. “Hoje os desafios são técnicos e nossa ideia é que, no primeiro semestre de 2024, através da nossa API, seja possível reproduzir a plataforma para os outros estados”, afirma.
Orientações e inspiração para novos projetos
A Investigadora perguntou à diretora de comunicação quais dicas e orientações ela daria para quem se sentiu inspirado pelo projeto a desenvolver as próprias plataformas e o que ela recomenda aos interessados em jornalismo investigativo e de dados.
“Acho que a grande inspiração para outros projetos é a questão que nos motivou inicialmente, uma inquietação que pode ser resumida assim: de que maneira podemos apresentar para a população dados e informações sobre segurança pública utilizando recursos interativos e criativos? Esse é um tema duro, no qual o Estado muitas vezes omite informações da população. A sociedade civil joga um papel importante nesse contexto e acho que esta questão pode inspirar outras ideias”, opina.
Além disso, Marianna recomenda ao leitor acompanhar o trabalho de três iniciativas jornalísticas nas quais eles se inspiram: Gênero e Número, projeto Aquazônia e InfoAmazônia.
“São trabalhos que sempre nos inspiram aqui, só para citar três que me vieram à cabeça. E recomendo também, claro, que acompanhem o trabalho do Fogo Cruzado através da nossa newsletter, que é gratuita e quinzenal”.
Dica do dia: CruzaGrafos atualizado com dívidas ativas com a União
No início de setembro, o CruzaGrafos recebeu mais uma atualização, enriquecendo sua base de informações com mais de 28 milhões de registros de dívidas ativas com a União, obtidos por meio da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. São três tipos de dívidas que as empresas podem possuir e estão presentes na ferramenta:
Dívidas com o FGTS: 409.829 registros
Dívidas previdenciárias: 5.919.796 registros
Dívidas não previdenciárias: 22.478.014 registros
Para dados mais atualizados e outros detalhes, consulte o site da PGFN. Vale lembrar que nem todas as dívidas estão neste site, então também consulte nossa metodologia para mais informações e maneiras corretas de checagem
Elaboramos um vídeo mostrando orientações sobre como utilizar o CruzaGrafos e explorar as bases de dados recém-incluídas na ferramenta. Veja abaixo.
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*Lucas Maia é jornalista e programador com experiência em Python, data storytelling e dataviz. Também é diretor de tecnologia na Agência Tatu, um veículo focado em jornalismo de dados localizado no estado de Alagoas. Acredita na atuação jornalística como forma de fortalecer a democracia e no poder de tornar dados públicos mais acessíveis a todos.
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